Original Article: Classroom Etiquette and Courtesy

Author: D. C. Smolarski, S.J.

Etiqueta e Cortesia na Sala de Aula

Por D. C. Smolarski, S.J.

Introdução

Existe uma certa etiqueta ou conjunto de regras de cortesia que se aplicam à situações na sala de aula, particularmente do nível universitário. Pode-se ver estas regras formando um código de conduta apropriado ao nível de interação semi-profissional que deveria ser comum entre estudantes e professores no ambiente universitário. Para aqueles não familiarizados com tais regras, esta página web serve como uma introdução.

Uma sala de aula é um cenário formal, mas formalidade não significa que a interação educacional que ocorre na sala seja, por natureza, impessoal, rígida, ou “dura.” Tanto professores quanto estudantes em sala de aula têm direitos e responsabilidades, um deve respeitar o outro e tratar o próximo com reverência humana típica, e ambos devem fazer tudo que podem para ajudar o processo educacional atingir eficiência máxima, e para ajudar ajudar a sala de aula a realmente se tornar um ambiente de aprendizado para todos os presentes.

Aqueles que pensam que “etiqueta” numa sala de aula universitária é um conceito arcaico estão convidados a fazer uma pesquisa na internet com as palavras chave sala de aula e etiqueta para ver o quão ampla é a preocupação com este tópico! Em particular, pode-se conferir as páginas seguintes:

Uma sala de aula de colégio ou universidade proporciona um ambiente que tradicionalmente, é significantemente diferente do ambiente encontrado em escolas primárias ou secundárias. Uma diferença é que no nível de aula da universidade, o fardo do esforço educacional está nos ombros do estudante — o instrutor transmite alguma informação e responde algumas perguntas, mas é responsabilidade do estudante de ser um aluno “ativo.” Outra diferença é a quantidade de trabalho “externo” (exemplo, “dever de casa”) feito para a aula. A norma tradicional do colégio é que para cada “hora” (ou seja, período de 50 minutos) gastos na sala de aula, o estudante deve planejar gastar pelo menos duas horas fora da sala de aula aprendendo a matéria do curso através de leitura adicional ou trabalhos da classe. (Logo, na Santa Clara, já que a menor divisão atinge aproximadamente 200 minutos por semana e são dados 4 unidades de crédito [já que 4 vezes 50 minutos é igual a 200], a regra geral é que estudantes devem gastar, em média, cerca de 8 horas por semana para cada curso fora da sala de aula aprendendo a matéria do curso).

Estas e outras diferenças entre o que geralmente ocorre em salas de aula do ensino médio e o que tradicionalmente tem sido considerado norma em salas de aula de universidade significa que alguns estudantes devem ajustar suas expectativas em resposta ao novo ambiente de aprendizagem.

Presença

A norma publicada na Universidade de Santa Clara a respeito de presença (cf. 2016-2017 Boletim Universitário, pp. 453-54) é que a faculdade individual pode definir normas de presença e prescrever penalidades por ausência. Presença é necessária em minhas aulas. Ao se candidatar a um curso, um estudante aceita a responsabilidade de participar na experiência educacional na sala de aula. Presença física (com qualquer interação verbal resultante entre professor e aluno) podem ser tão necessárias para o entendimento da matéria do curso quanto completar deveres de casa.

A atitude de “eu paguei com meu dinheiro — eu tenho o direito de pular aulas se eu quiser” traz uma abordagem “consumista” para educação, ao invés de um processo cooperativo e interativo como a educação é tradicionalmente vista. A atitude de “presença opcional” pode estar inconscientemente relacionada à atitude “me divirta” de muitos que assistem TV. Esse tipo de atitude dissocia a audiência da “ação” que está acontecendo, e logo, esta não hesita em pular um programa de TV ocasionalmente ou regularmente, particularmente se não estiver sendo entretida pelo mesmo. Uma imagem alternativa é a do “exercício saudável”, no qual a pessoa participa da atividade não porque é sempre uma experiência agradável, mas porque está convencida que participação ativa oferece benefícios que vencem qualquer inconveniência um desagrado temporário.

Existem muitos motivos legítimos para faltar uma aula — doença, crises de família, problemas de transporte. Entretanto, pular aulas para estudar para um intermediário de outra aula, ou para completar um trabalho, é sinal de administração de tempo e planejamento precário, e não seriam consideradas desculpas legítimas pela maioria dos professores.

Pontualidade

“Antes tarde do que nunca” não deve ser o provérbio operativo que justifica chegar na aula atrasado e entrar na sala depois que o professor já iniciou seu discurso. Ainda que em alguns encontros sociais seja permitido chegar “socialmente atrasado”, a maioria das regras de comportamento aplicáveis à situações profissionais (por exemplo, consultas médicas, entrevistas de emprego, etc.) consideram atraso como comportamento inaceitável.

Não se pode controlar o tempo de chegada se o carro quebra ou se a aula imediatamente anterior passa do horário. Entretanto, normalmente, estudantes devem planejar chegar no horário.

Entrar na sala de aula após a apresentação do instrutor já ter começado pode distrair tanto o instrutor quanto os outros alunos, especialmente se a pessoa chegando atrasada caminha pelo comprimento da sala entre o instrutor e os alunos já sentados. Aqueles que chegam atrasados devem sentar-se o mais próximo da entrada possível para evitar maiores distrações.

Estudantes que chegam tarde devem consultar com os outros à respeito de comunicados feitos no começo da aula. Questionários perdidos por atraso não podem ser “inventados.”

Outras perturbações de aula (Pausas para banheiro / eletrônicos)

O período de aula padrão (para aulas de Segunda, Quarta, e Sexta) na Santa Clara é de 65 minutos. Por favor não comece a guardar livros, fechar cadernos e zíperes de mochilas 5 minutos antes do fim oficial da aula. Isso pode perturbar e distrair tanto o instrutor quanto os colegas.

Estudantes normalmente não devem sair e voltar para a sala de aula durante o período. Fazer isso pode ser distrativo, e pode dar a impressão de que você não respeita o processo educacional que está ocorrendo.

O período de 65 minutos é tal que é raro alguém ter que sair devido à necessidades fisiológicas. Se doença ou medicamentos afetaram seu ritmo digestivo ou função de rim, e você nota que será necessário sair da aula durante o período, por favor chegue mais cedo e sente-se perto da porta para que você possa sair e retornar com o mínimo de perturbação.

Toda a atenção durante a aula deve ser focada na° palestra/instrutor. iPods não devem ser usados. Celulares ou pagers devem ser silenciados. SEM NENHUMA MENSAGEM DE TEXTO.

Ambientação da sala de aula

A sala de aula é um local para a transmissão de conhecimento. Idealmente, existe uma interação entre o instrutor e os estudantes que ajuda a transmitir esse conhecimento de um para o outro.

Distrações podem facilmente comprometer o árduo processo de transmitir esse conhecimento. Logo, por exemplo, estudantes devem evitar falar uns com os outros durante a palestra (veja abaixo à respeito de conversar na sala de aula).

Estudantes devem evitar qualquer atividade que possa ser distrativa seja para o instrutor ou para colegas. Em particular, salas de aula não são cafeterias. Logo, a sala de aula não é lugar para comer café da manhã ou almoço enquanto o instrutor está falando. NOTE que existem proibições explícitas sobre trazer comida ou bebida para certas salas de aula ou campus!

Cobrindo a cabeça

A tradição da sociedade ocidental é que coberturas de cabeça (chapéus, bonés, boinas) são usadas quando necessário na rua, mas que, como regra geral, homens não usem coberturas de cabeça em ambientes internos a não ser que o chapéu seja parte de um uniforme.

A tradição admite exceções, como quando homens removem coberturas de cabeça quando o hino nacional é tocado antes de um evento esportivo externo, ou quando homens de certas tradições religiosas vestem coberturas de cabeça durante reza interna ou em outras situações.

Como regra geral, então, regras comuns de etiqueta assumem que os homens vão tirar chapéus, incluindo bonés de beisebol, sempre dentro de casa e particularmente em salas de aula!

Interação na sala de aula

Um método pedagógico clássico é frequentemente chamado de “Método de Sócrates” no qual o instrutor revela novo material fazendo perguntas e levando estudantes a darem respostas. Esse método mais intenso não é sempre possível em cursos de Matemática e Ciência da Computação, mas alguma interação entre instrutor e estudantes é esperada, e estudantes devem estar preparados para responder perguntas, e estes devem esperar que serão chamados para oferecer respostas.

Ocasionalmente, alguns instrutores podem sugerir resolução de problemas em “grupo” para certos problemas como parte do período de aula.

Fora de tais interações, conversa ou sussurro entre estudantes devem ser evitada. Se alguém tem alguma pergunta sobre algo que o instrutor escreveu no quadro ou sobre alguma afirmação feito pelo mesmo, é preferível perguntar ao próprio. Se uma pessoa está confusa, provavelmente já existem meia dúzia de outras pessoas que estão igualmente confusas, mas com medo de admitir. A pessoa com coragem de perguntar ao instrutor publicamente pode, de fato, ser considerada heróica por aqueles que desejavam que alguém perguntasse.

Normalmente, levantar a mão é o suficiente para chamar atenção do instrutor ao estudante que tem uma dúvida. Nos casos em que o instrutor parece estar conversando com o quadro negro e não nota a presença de uma mão levantada, um simples “Pergunta!” dito pelo estudante seria apreciado por muitos membros da faculdade.

Cada estudante na aula tem direitos iguais à mesma. Logo, ninguém deve monopolizar o tempo do instrutor para o detrimento do ambiente educacional. Se um aluno tem muitas perguntas, este provavelmente deve consultar com o instrutor fora de aula ao invés de fazer as perguntas durante a aula.

Horário de atendimento

Membros da universidade têm horas de atendimento para individualizar o processo de aprendizado. Alguns estudantes acham certos conceitos muito difíceis, enquanto outros acham os mesmos fáceis. Para responder àqueles com dificuldades, horas de atendimento são a oportunidade para os mesmos consultarem com o professor fora do período formal de aula.

Particularmente, eu (e muitos outros membros da faculdade) preferimos que estudantes nos abordem durante horas de atendimento sobre dificuldades com deveres de casa ou com trabalhos de programação. Consultas durante horas de atendimento geralmente podem ocorrer sem limites de tempo que podem ocorrer quando dúvidas surgem durante a aula e novo material ainda precisa ser ensinado.

Sessões de revisão

Sessões de revisão antes de exames (Intermediários ou Finais) serão agendados em cursos de nível elementar se há desejo entre os estudantes e um horário mutualmente disponível possa ser marcado.

Tais sessões são feitas com o propósito de responder quaisquer questões que os estudantes tenham. Tais questão podem surgir da matéria ensinada, exemplos da aula, de questionários ou deveres de casa, de outros trabalhos (por exemplo, programas de computadores), ou (em aulas de Cálculo) de exames de exemplo.

Alunos com dificuldade ao entender o material do curso devem fazer um esforço particular para atender à essas sessões e ter suas dúvidas respondidas antes dos exames.

Alunos que vão mal nos exames, e não atenderam à sessões de revisão e não entregam deveres de casa não devem esperar um “benefício da dúvida” à respeito das notas recebidas para o curso.